quarta-feira, 12 de agosto de 2015

E a bike? Como vai?

Não é nenhuma novidade que gosto muito de pedalar, a maioria das pessoas já ouviram minhas aventuras com a magrela e algumas me veem por aí quando vou pedalar. A bicicleta parece uma extensão minha, e assim como parece parte do meu corpo, muitos ao me verem antes mesmo de dizer "Oi, tudo bem?" dizem "E a bike??" ou "Pedalando muito?".

Já me acostumei e acho isso muito bom, realmente mostra a minha identidade com a bicicleta e não poderia ser diferente. Muitos amigos quando compram uma bike ou precisam comprar uma falam comigo, aqueles que começaram a pedalar contam as conquistas e feitos realizados. E os que já pedalam, cobram um pedal, até porque vou prometendo pedais e as vezes não tenho tempo de realizar logo de imediato, mas aos que prometi pedalar em algum lugar, eu não esqueci hein!

É interessante como cada pessoa vem falar comigo, a moradora do quarto andar no prédio onde moro, há um tempinho, veio com muita calma me perguntar sobre as novas ciclovias de São Paulo. Já uma outra moradora, sabe que uso a bicicleta para ir para alguns lugares, falou mal das ciclovias sem base e critério, principalmente a ciclovia próxima de onde moramos, a da Rua Honduras. Segundo o amigo dentista dela, que mora na rua, falou que nunca viu passar uma bicicleta nela, abri um leve sorriso e disse, em um dia que pedalei encontrei com três ciclistas e até tenho gravado, caso a senhora queira mostro o vídeo. Para resumir, ela preferiu ficar com o pensamento dela de que elas não servem para nada e é desperdício de dinheiro, mesmo mostrando argumentos a favor e falando a segurança que ela dá para os ciclistas.

Quando querem começar uma conversa, alguns amigos dizem, "E aí, pedalou no final de semana? Já sei, foi até o Rio e voltou (ou qualquer lugar com uma distância muito grande que não dá para ir e voltar no mesmo dia rs)!". Até mesmo pelo jeito que me visto é motivo para conversas xD.

E antes que perguntem, minha bicicleta está bem, já precisando de uma revisão na verdade rs, mas ainda aguenta muito pedal :)

Blue curtindo o pôr do sol no Ibira.

sábado, 16 de maio de 2015

Pedalando em um sábado qualquer

Já que estou de férias, e posso aproveitar o final de semana, muitas vezes durante o período de aula perco alguns para estudar e fazer trabalhos, posso pedalar por aí. Gosto de pedalar em alguns lugares, ultimamente tenho ido muito ao Pico do Jaraguá, pedalar 4,5 quilômetros de subida é sempre um desafio, mesmo feito isso algumas vezes, porque acabo por ficar um tempo sem pedalar e o corpo desacostuma. A recompensa pela subida, na verdade recompensas, você pode enumerar: conseguir subir sem descer nenhuma vez da bicicleta e sem parar no caminho, a vista lá de cima, os saguis e macacos-prego que aparecem de vez em quando e a descida que te aguarda.

Pedalar no sábado é uma transição entre o trânsito da semana e o do final de semana, em alguns lugares você encontra carros parados, enquanto passa por eles em uma velocidade muito baixa (por volta de 15 km/h) e em outras ruas e avenidas o tráfego melhora. Assim como encontra essas duas situações, também encontramos dois tipos de motoristas, estressados (parecem esquecer que é sábado e trazem o estresse da semana junto com eles) e os pacientes (no sábado o número deles é maior, ainda bem né?!).

A princípio, nenhum ciclista ou pedestre poderia subir a estrada que leva até o topo do Pico do Jaraguá, pelo fato de ser uma região preservada e o parque não ter uma área para cooper e a trilha só pode ser feita à pé, a estrada se torna tanto uma área de lazer de caminhadas quanto de treinos de ciclistas e corredores. É algo natural encontrar alguém praticando alguma atividade dessas, principalmente pela manhã e final de tarde nos dias de semana é qualquer hora durante os sábados e domingos.

Na primeira subidinha senti a falta de ter continuado os treinos, troquei para marchas mais leves e quando dava colocava em uma mais pesada (para os ciclistas a relação estava na 3-5, depois 3-4, 3-3, 3-2, 3-1 e nos últimos metros 2-1). Quando estava em um trecho plano passou um carro e uma garota estava pendurada na janela do banco de trás, ao me ver mandou um grande ooooiiiii. Como estava meio sem fôlego, apenas acenei e ela retribui com um aceno e o carro sumiu na curva. Aquilo já me deu uma energia para subir um pouco mais rápido, quando estou com fôlego digo oi ou boa tarde, bom dia para as pessoas que encontro e sem fôlego o som que sai é o trim-trim (isso é a buzina da minha bicicleta :P).

Completada a subida é hora de tirar fotos! Meu irmão levou a câmera para tirar fotos da viagem dele, apesar de ser compacta, consigo boas fotos com ela. O jeito foi levar a minha câmera, não gosto de levar ela porque é grande e a lente dela não é tão boa, apesar de ser uma câmera mais avançada em comparação a do meu irmão (em termos de poder controlar o tempo de exposição e abertura do foco, desviei um pouco o assunto xD). 

    Vista do mirante baixo, foto panorâmica, uma das opções legais da máquina e uma das recompensas de subir o Pico do Jaraguá de bike, dá para ver isso também se for a pé xD.

    Outra panorâmica, dessa vez tirada no final da subida ou começo da descida, o que preferirem.

    Uma das antenas do pico, nessa daí você pode chegar nela por uma escada e chegar no mirante alto.

Tiradas algumas fotos, hora de descer! Na descida encontro ciclistas subindo e um deles até incentivou eu a descer mais rápido! O chato é quando você encontra carros no caminho, perde um pouco da velocidade, porém encontrei dois motoristas muito simpáticos, que diminuíram a velocidade e deixaram eu passar :D. Mas depois de alguns quilômetros, encontro um motorista sem paciência, estava trânsito para os carros e eu passava numa boa, daí esse motorista passa ao meu lado acelerando com tudo e quase tira uma fina, adiante passei dele novamente e novamente ele passa perigosamente e entra na faixa onde estava pedalando sem ao menos ver se tinha me passado totalmente, você percebe a falta de paciência porque entram muito rápido na sua frente, como se quisesse dizer "Esse espaço é meu!".

Tudo bem, fique com seu espaço e, de novo, fique preso no SEU trânsito, eu posso cortar em meio aos carros parados ou simplesmente posso desmontar da bicicleta e ir empurrando ela pela calçada, lero lero! Bem, cheguei na rodovia Anhanguera novamente, para quem não tem muita experiência em rodovia é uma parte difícil, ainda mais porque na Anhanguera a parte marginal, onde os veículos deveriam, DEVERIAM, andar no máximo à 60 km/h, não tem acostamento. Para ir na central, 
onde há acostamento, tenho que pedalar mais alguns quilômetros ou arrisco uma travessia perigosa para ir pelo acostamento .

Outra dificuldade de pedalar em rodovia no trecho urbano são as entradas e saídas dela. Você tem que ficar muito atento, os motoristas raramente diminuem a velocidade! Para minha surpresa, em uma dessas saídas, esperava a oportunidade de diminuir a quantidade de carros para continuar, um motorista de ônibus fez a gentileza de diminuir a velocidade e com o farol alto avisou para eu passar! Claro que agradeci e ao passar do meu lado olhei e acenei para ele, ao final da rodovia, na ponte que cruza a Marginal Tietê, mais uma entrada de veículos e dessa vez a gentileza veio de uma SUV, sim de uma SUV, o mundo ainda não está perdido!

Estava próximo das cinco da tarde e resolvi ir à Praça do Pôr do Sol, no caminho utilizei ciclovias criadas nessa nova gestão da prefeitura e não era o único ciclista a utilizar. Uma família pedalava, os pais e o filho, adiante encontrei três amigas em uma caminhada e depois mais alguns ciclistas na outra mão. Ao chegar na Praça Panamericana, confusão entre os motoristas, uns estavam na faixa do meio e cruzam para a esquerda para fazer a conversão, outros estavam na esquerda mas iam para a faixa do meio para não ficar atrás de quem estava virando à esquerda. 

Você como ciclista tem uma visão privilegiada desse mini caos, vi um motorista educado que deixou o outro vir da faixa do meio para fazer a conversão para a esquerda, enquanto isso o motorista impaciente atrás do educado mete a mão na buzina. Penso, será que o cara não percebeu o outro veículo saindo da faixa do meio para virar à esquerda? A visão é tão limitada a ponto de apenas enxergar o carro a frente parando sem saber o por quê? Como dirijo, de vez em quando, na posição de onde estava o mal educado sei que dava para ver toda a movimentação e a razão do carro da frente parar, até porque algo que aprendi no CFC é não ter olhos somente para o carro a nossa frente, mas também do carro a frente dele e ao nosso redor (direção defensiva pessoal!).

Bem, passado o pequeno caos, cheguei na praça, infelizmente nuvens atrapalhavam um pouco o pôr do sol. Mesmo assim a praça estava cheia, como podem ver na foto abaixo.
    Praça do Pôr do Sol e o tempo fechou no final da tarde, para meu azar, mas tudo bem, faz parte.


    De qualquer maneira, é uma oportunidade de tirar fotos de um pôr do sol diferente.

Não fiquei até o final, porque antes mesmo de descer até os prédios mais ao fundão, metade dele sumiu por causa das nuvens e da poluição... Na volta fui pela ciclovia da Artur de Azevedo e nela encontrei um cara muito fo**! O cara conseguia empinar uma bicicleta cargueira!! Eu não consigo fazer isso com a minha, imagina com uma cargueira, muito mais pesada!! Encontrei com uma ciclista em uma dobrável e na ciclovia da Rua Honduras outro ciclista, para aqueles que dizem não ter ciclistas nas ciclovias, encontrei dois :P. E assim finalizo o meu sábado ciclístico :)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

E esse shortinho, hein?


Pedalar por muito tempo exige um mínimo de conforto, uma das soluções é comprar um selim. Nem sempre o selim irá garantir conforto, após um determinado tempo em cima da bicicleta o desconforto é garantido! Qual será a outra solução?

Putz!! Aquele shortinho apertaadoo??? Nãaooo!! Era assim o meu pensamento antes de começar a usar o famoso short de lycra. Confesso, não achava ele nada masculino... Mas um dia, o desconforto falou mais alto e resolvi comprar um.


A princípio, usava um short em cima dele, tinha vergonha de pedalar com ele. Depois fui me acostumando, ao ver mais ciclistas usando também. E, quando percebi, já estava usando ele sem colocar outro por cima.

Em uma manhã de sábado, tinha aula das 10 da manhã até às 12 horas, resolvi ir de bicicleta para a universidade. Lá fui eu, camiseta de ciclista, manguito para não queimar os braços, bandana e capacete, luvas, óculos e o famoso shortinho!

Após vinte minutos pedalando, paro em um semáforo e ao meu lado parou um táxi. No banco de trás uma passageira estava debruçada na janela, eu virei e dei um sorriso simpático. Ela olhou para mim, deu uma focada no shortinho (ui!) e com um sorriso me disse "Bom dia!". Eu já tinha ficado um pouco vermelho antes mesmo dela falar "Bom dia!" só pela olhada que ela meu deu.

Já pedalados mais da metade do caminho, subia uma pequena ladeira. Para não perder o embalo eu comecei a subir ela em pé e não sentado. No momento, eu passava ao lado de um Mc e duas funcionárias estavam limpando a calçada. Quando uma delas me viu e sem pensar muito disse "Que isso!!" seguido de um assobio, o famoso "Fiu-fiu".

Rapaz! Esse shortinho chama um pouco de atenção, confesso, afinal de contas ele é bem justo!! Digo mais, essas não foram as únicas vezes que recebi olhares por causa dele, alguns deles eram do tipo "Coisa estranha..." e outros do tipo "Huuum... Interessante...". Quando uso o carro não recebo nenhum olhar ou bom dias, melhor mesmo é usar a bicicleta!

Aí estou eu com o famoso shorts!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Subida da glória!

Houve uma época entre meus amigos, e acho que ainda existe, uma disputa para quem subia uma ladeira mais rápido do que o outro ou em uma marcha mais pesada. No começo eu ficava por último nessas disputas, até que um dia resolvi me desafiar e começar a treinar em ladeiras.

Em um certo dia, ia para casa dos meus amigos e resolvi mudar meu caminho, mas não tinha ideia da subida nele. Quando vi o paredão, parecia uma subida categoria 2 (no ciclismo existem categorias de subidas, onde 1 é o mais difícil e 4 o menos difícil), me preparei psicologicamente e, é claro, deixei na marcha mais leve! A verdade é que não era tão inclinada assim, mas era a primeira vez que subia uma ladeira ingrime como ela (essa ladeira é a da Rua João Moura aqui o Street View dela - http://tinyurl.com/mtzylh2).

Comecei a subir, apesar de ser curta, parecia que não acabava mais! Mas acabou! Cheguei no topo bem ofegante, porém muito feliz com a realização, me senti no Tour de France (queria ganhar a camiseta branca de bolinhas vermelhas, camiseta dada à pessoa que cruzar primeiro o topo de uma subida, certo exagero da minha parte, porém era o sentimento naquela hora!)!

Momentos depois de ter subido, um carro começou a andar bem devagar ao meu lado e, de repente, a motorista abaixou o vidro e começou a falar: "Nossa, você está de parabéns! Eu vi desde o começo você subindo, até comecei a andar mais devagar para acompanhar e ver se conseguia!"

Aquele elogio fez o meu dia! Agradeci a moça e desde então subir qualquer ladeira se tornou uma atividade muito agradável. O meu amigo Carlos gosta de lançar alguns desafios e um deles foi subir a ladeira da foto abaixo, Rua Caiubi, e eu consegui, dessa vez sem elogios na rua, mas elogios dos amigos pelo feito!


Dedico essa primeira crônica ao João Carlos, ele me incentivou a contar essas histórias, na verdade ele até queria que eu escrevesse um livro (será que um dia chego lá? xD) e a Fernanda Veraldo, ciclista em formação e também apoiadora da ideia do João.